Em 2007, num programa de televisão, uma votação telefónica elegeu Salazar como o maior português de sempre. Não faltaram vozes a apelidar os votantes de saudosistas ou fascistas. O segundo lugar foi obtido, curiosamente, por Álvaro Cunhal. Mais uma vez, ouviram-se vozes a apelidar de comunistas os restantes votantes.
No dia de hoje, a discussão mantém-se: de um lado da barricada os que têm saudades do regime, do outro os que têm saudades da revolução. Com 33 anos de democracia já é ridículo julgarmos que é tempo de avaliar o progresso obtido, com 33 anos de democracia deviamos estar a léguas do Estado Novo, com 33 anos de democracia deviamo-nos orgulhar de mais do que termos aberto as fronteiras à Coca-Cola.
Afinal, já é quase meia-noite, e é tempo de recuperar forças porque daqui a 365 dias teremos outra oportunidade de insultar fascistas ou comunistas - a não ser que a RTP nos brinde com outra oportunidade fora do calendário.
Na pior (ou melhor) das hipóteses, dia 25 de Abril de 2008 é abençoado pelo sol, aproveitamos o fim de semana prolongado e deixamos as conversas políticas para outras primaveras.
Democracia sempre!
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